sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Os zumbidos da cigarras




As cigarras choram nas árvores seus prantos
Anunciando nuvens carregadas que a chuva vai chegar 
Canta, Cigarra, canta  o teu canto 
Como fosse um grito humano que a natureza transmuta   
Que o universo ao ouvir mande água para molhar o mundo desta secura

Entretanto, silenciou as cigarras e na sombra se calaram
A natureza raivou... os rios riachos lagoas e diques secaram
Chega a noite olhamos o céu fazendo a prece da chuva
Escancaramos os olhos suplicando as estrelas  
Que a água não seque  mais venha.. e molhe este mundo quase destruído
Assim como Nos.. no bosque as arvores sonora farfalham esperanças 
torcendo para ouvir cigarras cantar. 

As paisagens assemelham-se a miragem do igual 
Àquela que deixa os olhos marejados...
O céu parece um Dome.. anoiteceu de súbito. Acabou-se
a vida  rolou no esquecimento.
Tempos ermos que anestesia nossos sentimentos 
Sob ao azul da imensidade, ungido de amargura e de incerteza…







quinta-feira, 4 de setembro de 2014

nuvens de depressão


Posso dizer assim:
Que não sinto nada. Tenho que me perdoar, enquanto a vida caminha eu emberno como um urso silencioso fazendo das paredes da minha casa meu exílio. O caos galopa em silencio eu não sinto nada. Tropeços em histórias após historias onde a realidade reina com a crueldade ingerida e expelida diariamente. Com o olhar fixo no futuro eu sempre volto no passado, tenho que parar de voltar.  





sexta-feira, 27 de junho de 2014

#acreditadoresdepessoas


Como não relatar, como deixar de comentar
Como esconder o fato inesperado que chegou
feito um avalanche de frustração levando meu equilíbrio
Meu senso de confiança arrancado como ar dos meus pulmões
Nada pode impedir de me sentir vitimada
Por maior que seja a minha valentia
a dor da invasão da perda do engano me fez curvar

Somos reféns do que vivemos e possuímos,
Convivemos com sensações de impotência e de verdades inválidas.
Nosso universo esconde muitas realidades ocultas
Sempre iremos nos deparar com anjos caídos,
Pecadores mergulhados em pântanos invisíveis, secretos.
Esperando o momento para sugar teu sangue tua vida
e voar livremente como vampiros com licença de impunidade.

Basta o silêncio, e este grande vazio, fingir que nada aconteceu
Constrangimento, sensação de invasão, inércia dos insensatos
Fardados fantasiados de protetores que não mostram compaixão
Em proteger os cidadões mesmo sendo remunerados por isso ....

Os acontecimentos insistem em latejar no pensamento
recordando cada minuto do fato ocorrido buscando um sinal
Como não percebi o momento para me livrar da situação
E agora tenho que conviver de forma amarga
Sabendo que nenhuma força universal é suficiente para
vencer sistemas que nos obriga a conviver com violência cordata.
Espalhando sofrimento para os desatentos e acreditadores de pessoas.
como eu


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Quarta feira


A sorte esta lançada cara ou coroa
Tenho necessidades de encarar a situação de frente
A vida se apresenta com suas mãos sujas feias e cheias de calos
Tocam-me... e sinto que nada tá muito certo
Minha veia dramática diz que preciso recuar
E repensar todas as gotas de emoções que restam.
Vou por um caminho que me faz flertar um desconhecido
Para enganar o ranço do tempo
Para descompor a solidão. Que Intimida-me
E o relógio biológico avança como uma flecha livre no ar
Sufocando-me com lembranças agora recuperadas.
Sei coisas demais. Sei desmembrar razões emblemáticas!
Para nunca embarcar nesta canoa furada
Não quero infringir coisas lúdicas minhas. Recuso
Ainda existem possibilidades.. ainda tenho muito encanto
Pela vida e por tudo ao meu redor.    



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Negação

Há tantos espaços em branco no meu mundo 
E muitos outros escuros ocupados ...
Nego todas as emoções que minha mente sustenta 
Nego o cansaço de tantas lutas e o significado das palavras ditas
Nada mudou nada aconteceu até no céu as estrelas são as mesmas
Todas pintadas e nos mesmos lugares visíveis 
Assim me encontro envolvida nesta emoção inquieta 
Dimensionada e presa a me reconhecer a saber o que sinto 
Esta necessidade de magoar tanto a mim e aos que me querem
Fervilha veneno dentro de mim na mesma proporção que o amor 
Aqui estou forjada a dizer quem sou ....  
Sinto  as amarras severas das grades da alma
E não enxergo mais nada além da prisão da liberdade
Uma solitária como um eco esperado...que nunca volta
Uma crisálida aguardando a metamorfose sempre por chegar 
Folha solta no outono ou apenas serei o que mais ninguém é:
Refém de tudo que sinto e há dentro de mim.
Uma maldição de nascença uma doença de alma.  




terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O toque



O toque
Pode ser um importuno por sentir sua presença
Dispensam as palavras que se apagam por não serem ouvidas
Ocupa espaço agradece pela sua breve estada
O toque vive a saudade imposta ...explica a vida
A distancia se enche de vazio e a magoa chega mais perto
O toque
Permanece na pele no olhar e pelas coisa válidas
Se é que ainda Há..
Se não me abriga e não me traz alegria
Despedaçada viverei ...
E saudades se tiver sobreviverei
Vou substituir desculpas esfarrapadas por sentimentos
Na não aceitação prefiro não ser apegada

Nossa vida feita de escolhas

Em nossas escolhas o pior que pode acontecer é nada  Porque somos responsável pelos critérios das escolhas  Somos responsável pela vida que ...