sexta-feira, 26 de novembro de 2010

■Ama-me


Ama-me antes que a madrugada se acabe
antes que amanheça o dia.

Ama-me até nossos corpos se espalharem como cera derretida
que escorrem e se curvem aos anseios da vida


Aut. M. Sidral Del Moro 

Amar Amar e Amar ....


Quero viver os meus dias recheados 
De momentos de pura insensatez 
No conforto do seu corpo desejado 
|Ver-me nos teus olhos com tesão e avidez 

E na privacidade do nosso canto 
Despida de qualquer sentimento fugaz 
Me entregar a ti suplicante 
Sem temer ser esse amor capaz 

Destes nossos momentos quero mais 
Porque nem o tempo apaga esse braseiro 
Que o vento sopro e ascende ainda mais 

Que os dias dessa emoção quase palpável
Seja tao intenso como um romance brejeiro 
Que vai além ...de um futuro durável  




segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Para ti, amor! Sou assim...




Imerjo como uma grande Maga
Te recebo como uma aliada

Generosa tua alma alimento
Na carícias sonoras dos ventos


 Num oásis de sonho delirante
Eu vivo no seu paraíso recluso
Com doçura te afago te conduzo
Num delicado tocar alucinante

Eu sou a fada que te encanta 
A deusa nua desejada e amante
A essência perfumada enfeitiçante

Estou em você quando adormece
Sou seu sonho e seu aconchego

Não vivo mais sem seu chamego
Sou assim... Para ti, amor!


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Narcisa eu ???

Quem sou? Pergunta instigante
Para quem me conhece
Sou um anjo de muita candura
De sorriso tímido faceiro e inocente

De olhos verdes outonal
Cabelos loiros como um campo de trigal
Com uma voz melodiosa
Como acordes de uma musica angelical

Para os que não me conhecem
É um pouco mais complicado
Provoco sentimentos profanos 
Insuportável aos corações humanos

Como em Anjo vadio de olhar libidinoso
Que encanta no seu jeito tendencioso
Se insinua com pensamentos voluptuoso
Um livro proibido de escrito meio duvidoso

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quando você chegou.....


você chegou ...
num belo dia como uma brisa Morna
roçou em meu rosto numa tarde vadia
Naquele instante a vida me sorria


Seu perfume invade esta alma sedenta
Quero você e nos sentidos fico atenta
Não sei se amo ou se gosto sei que te quero
Possuida de  paixão nas noites te espero

Agora estou assim...
prisioneira do teu encanto
Arrepios de prazer fora do real
Alma flutuando em campos de madrigal

Não fico mais sem os teus beijos
Seu lindo sorriso a me desejar
Seu corpo no meu num doce afagar
Envolvida este amor eu festejo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Na hora da Loba .........



inquieta num trágico vazio
Na noite apelo para ecos silenciosos
A razão alterada bordo os delírios
Semeio meu sono com íncubos poderosos

Escorem suspiros da alma fria
Entro na  noite vestida  de dama
Com o corpo transpirando nostalgia...
    Vejo outro dia de incertezas e dramas

Meus pensamentos ficaram sombrios
Faz frio  fica escuro e tristeza consumo
E a loucura rasga o tempo em desvarios

Preciso de uma saída ... miro os desvios
Encorporo a sonâmbula sem rumo
Vestida de mendiga no cio


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sem querer...

Ele chegou ...
num belo dia como vento úmido
que roça meu rosto numa tarde vadia
Me senti enebriada meu coração em avaria

Sem querer te olho
Seu cheiro invade não posso me conter
De repente te sinto e te quero
esparramo de paixão nas noites te espero


Agora estou assim....fora do real
 a deriva.... sentindo arrepios de prazer
ardendo de desejos não há como esconder
Minha alma quente levita no surreal

Não fico mais sem os teus beijos
Sua boca e seus braços para me afagar
seu corpo dentro no meu num louco desejo
Ninguém ou coisa alguma pode nos afastar

Para o meu amor

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O abismo Chora


 Ao ver a beleza de Narciso
Refletida nas aguas iluminadas
Pelo raios de sol no paraiso
Quando as suas margens ele deitava

O lago percebeu o quão era belo
A alegria enradiou por todo lado
Abriram flores e botões em anelo
Oréiades banhava-lhe de afagos

As suas margens todo dia debruçava
O Lago nos olhos dele se mirava
Olhavam-se Fascinados e distraídos


Caiu Narciso se afogou emudecido
Deusas do bosque choraram inconformadas
Em lágrimas..... águas doces ficaram salgadas

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ainda que fosse ….(indriso)

Ainda que fosse ….

De uma porta aberta no meio do nada
Escancarada no abismo da noite 
Sucumbindo a luz na alvorada

Ainda que continuassem a existir punições
Destinos Sinas e intenções

Sagrados mantras murmurados em gemidos 
È no teu corpo que está o meu desejo...
 tua alma meus sentidos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

obsessão (soneto)


É inútil por trancas nos caminhos
Na morada do teu coração faço estadia
Somente eu preencho estes teus dias
E minhas prendas se rendem a teus carinhos.

Espalho meu cheiro te impregnando
Nas paredes do teu íntimo pelas fendas
Altero a rotina e tuas oferendas
Sou o desejo do teu corpo sofregando

Na contagem do tempo sou suas horas.
Sou tatuagem que ninguém vai remover
Sou o amor desejado que te faz reviver

Meu eterno querer não te deixa ir embora
Posso até ser Sina Karma ou Obsessão talvez...
Mas é nos meus braços que você encontra solidez


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

empobrecida de alegrias


empobrecida de alegrias
Evitando me olhar no espelho
Com medo de cair em conflitos passados
de incertezas e paixões sem garantias

 Desisto de entender meus porquês
Vou me deixar levar pela maré
Da maré das emoções  e palavras desconexas
Jogada no vazio da alma perplexa
Não reajo mais vou me deixar levar
Meus sonhos estão quebrados

Não quero versos aclamados
também não há sonhos encantados..
Chega de tanta doação prefiro ficar careta
sem obsessão sem paixão mentirosa ....
Chega de viver histórietas
Romance vazios me deixam melindrosa




quarta-feira, 14 de julho de 2010

Condenada a...poetrix

 Esquecer-te.....

Juro que tento

mas sua lembrança me corrói......

como um veneno lento.....

que escorre pela alma

impedindo o esquecimento......

domingo, 11 de julho de 2010

Antes que flores murchem

Em busca de atenções que me prendem
Tenho urgência de sair pra rua pra vida
Sair... sem barreiras e sem esquinas
E na noite ser dona da minha sina

Das madrugadas clandestina
Ando a deriva ... Eu nada sei ...

Volto ....
Fecho a porta e deixo as sombras la fora
Entro com este vazio dormente...
A razão me transpassa a mente
e me desencanta
Me percebo dividida/rasgada/pela metade
Com meu intimo despedaçado

Triste antes que murchem as flores
Junto os sonhos e minha auto estima
Alinhavo meus passos rumo ao sol !
Emerjo por entre as brumas e escarpas
Para continuar minha peregrinação.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Chove lá fora


Águas da chuva em mantos se formam
Seus pingos pela janela descendo
Sozinha com meu coração desconexo 
Olho la fora e vejo os reflexos

Eu a chuva e minhas lembranças
 Na penumbra folheio as paginas da alma
Conflitos /sonhos misturam seus elementos
Em gotas cintilantes se transformam

Deixando o Outono ainda mais estupendo
Sinto o silêncio com esperanças
Escurece busco clareza destes sentimentos
Pressinto no corpo toda uma ausência

Estranha saudade esvaiu-se em pranto
a beleza foi-se e perdeu-se em desencanto

terça-feira, 29 de junho de 2010

A Deriva...


A deriva


Já não sou quem você deixou...
Ando esquecida de quem fui
Ando esquecida do tempo e da cor
perdi a chave das vontades e dos anseios....
O Vácuo me envade ......O silêncio me engole ..

Ando tecendo meu destino em roteiros incertos
È esse louco desejo de me reinventar
me soltar deste enclaustramento que vivo
Me deixar escapar em histórias

**************

sábado, 26 de junho de 2010

Vida em preto e branco


Nas solitárias estradas
O barulho das folhas no vento frio
Que nas madrugadas longas
balançava seus galhos
por horas a fio

=+=+=+=+=+=+

Casas e seus arvoredos

refetiam longe nas cercânias
duas sombras na lua cheia
 Eram pequenos andarilhos
Que corriam desatinados como
vultos esquios
Aproveitavam a claridade da lua
   Buscavam ajuda na  ventânia 

+=+=+=+=+=+=+=+=+

Tempos tristes
 cravejados de carências
Em prantos sentindo só e ausente
De tanta dor sua vida não tinha alento
Implorava por ajuda com seu olhar em desvario
È a dura vida testando seus afetos
e deixando na alma sentimentos rasgados nos rastios....

domingo, 20 de junho de 2010

Como uma pintora num esboço de seu quadro preferido


#+#+#+#+#+#+#+#+


És minha pintura preferida

Meus dedos feito pincéis
Passando pelo teu corpo a lambuzar
Com cores fortes da Primavera em anéis
e o doce odor da tua pele a me excitar!

Te retrato..... numa bela gravura
Reproduzo nela sentidos mais complexos
aprisionar tatos cheiros sabores e texturas
Teu sorriso estampado depois do sexo
Misturado ao teu olhar libido de candura!


Recrio na tela nosso amor
Esta paixão tão cheia de clamor
Extasiados sem pudor em loucos abraços
Traço a traço cada músculo cada espaço
És a pintura preferida minha obra prima
Eternizado nestos versos sem métricas e sem rima


sábado, 19 de junho de 2010

Sem muito pra sonhar......Conto Cotidiano

Sem muito pra sonhar

Chego impregnada pelo cheiro da vida la fora.
A mente as roupas o cabelo as mãos
Quero falar mas as palavras escapam-me
E permaneço quieta e exausta `a margem de mim.
Me jogo ...Tento fugir do inevitável
Inútil tentativa
A vida me absorve inteira
Onde estive ? De onde vim? Indagando pra onde vou ?
tantas perguntas sem resposta?
Eu não as quero... eu mesmo não tenho respostas
Quero tudo e quero nada.
E o futuro ali
cortejando-me descaradamente.
Eu .....e o nada.
Mas é com o futuro
e só com ele que eu conto!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ipês frondosos / poesia compartilhada


Fim de Outono

Morganna Del


Ipê na beira da estrada
Em seu tronco frondoso
Suas folhas alaranjadas
Desfolhando impiedoso


(Um mimo da poetiza Donna N)

Oh, arvore imponente
colorindo o céu anil
Se mostra toda reluzente
Diversificando o Brasil

(Presente de Maria Helena Mota)

Sua beleza é marcante
E nos dá grande lição
Para renovar suas folhas
Outras têm que ir ao chão.

(Presente querido da poetiza Marina Alves )
O ipê é flor bonita
que me deixa deslumbrada
presente da natureza
deixa a terra enfeitada!

(joias da poetiza Rejane Chica )

O outono já está indo
vai deixar muita saudade
vem o INVERNO,também lindo
mas de calor tenho vontade

(Perolas raras da poetiza Menduina)

Nosso Ipê mais lindo no amanhecer
O orvalho ainda brilhante em suas folhas
Ao chão elas irão e outra renascerão
No sol nacente todo ele,
à espera do aquecer
do sol e seu brilho voltará

(Uma participação graciosa da poetiza Angel Mag)


Ipês com suas cores belas
Cheios de beleza e encanto
Flores brancas, roxas e amarelas
Cai as folhas e recebe novo manto.

(Um mimo do poeta Miguel Jacó)

Na vida sou um andarilho
Vivo um intenso flagelo
A quem me dera eu fosse
Um lindo Ipê Amarelo.

(Uma linda interação da amiga e poetiza Regina Pessoa)

Gosto mesmo do verão,
para curtir aquele solão
A primavera acho linda
as flores alegram o coração

O outono acho triste,
cheio de folhas ao chão
No inverno só tendo alguém
para esquentar o colchão

(maravilhosa interação de Gomes da Silveira)

No  l a r a n j a deste ipê
Verso a verso, em profusão
Na tua trova se vê
A natural perfeição

(Um mimo do poeta Vantuilo Gonçalves)

Frondoza árvore impoenente
Ipê que me faz chorar
Quando a saudade me bate
Relembrando meu lugar
Quando na tua sombra
Eu ficava a namorar.

(Uma preciosidade do poeta Bridon)

Meu querido pé de ipê
flor mais caliente não há
pois junto com tua beleza
muita coisa irás enfeitar

(Uma generosa participação da poetiza Conceição Gomes)

Outono, natureza em mornidade
Tapetes o chão florindo
Tranquila sensualidade
O inverno ainda dormindo.

(Linda participação do poeta Navegador )

linda árvore caridosa
onde os pássaros fazem seu ninho
torna a paisagem maravilhosa
e enfeita o caminho

(Afetuosa interação do querido poeta Osran)

Ipê és amarelo
mas também ambar em outras vezes és roxo
Ipê,afastas o desgosto
Não é necessário estamos em agosto

(Joia rara de interação do poeta RobertoRego)

Na mata tem ipê roxo
Há também o amarelo
Quem me dera ser arrocho
Desse coração tão belo

(A fabulosa interação do poeta Rubo Medina)

Ipê de flores amarelas
Que vejo da minha janela
Me faz lembrar uma aquarela
Me faz sentir saudades dela

(Admiravel interação da poetiza Maria Luiza D Errico Nieto)

Feliz é meu coração
que não se cansa de amar
alegre é minh' alma
Que ao IPÊ vive a admirar.

( Presente afetuoso do poeta Henrique Eduardo)

De bem distante logo se vê
com o olhar sempre sublime e terno
a beleza do florido ipê
destacando-se no esplendor do inverno !

Até saudade sente o ipê
do inverno que vai embora
e soluçando somente por você
esse poeta saudosamente chora !...

(A linda participação do poeta Nasser Queiroga)

Com o seu porte soberbo
de um amarelo solar
estende o Ipe seu carpete
em beleza singular!

Indriso.............Não sei te amo



Neste cenário de quando amanhece
Meu rosto encostado no travesseiro
lembrança e sentimentos vem por inteiro

Quando penso em você minha alma entorpece
Perco a razão o senso fico em plena insanidade
Preferindo amor insano a qualquer realidade.


Não sei se te amo… mas estou impregnada assim

De um amor ausente que se faz presente nos meus lençois de cetim



+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+

terça-feira, 8 de junho de 2010

Soneto .....através das cortinas

Através das cortinas olho lá fora
Vejo um mundo vazio se alastrando 
O vento passa... me olha e vai-se embora
Inerte.. Contemplo o dia passando

No céu sombras e tempestade fria
A noite chegando  desce a neblina
Solidão invade a cama vazia
As lágrimas inundam minhas retinas

Assim... nostálgica com coração rasgado
Sozinha me sinto meu amor anda ocupado
No quarto só o silêncio existia

O Vento volta intrépido entre folhas e trapos 
espalhando seus  lamentos a reviria
Fecho as cortinas... no aconchego de outros braços.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Trovas ......... Arrumando gavetas




Arrumando as Gavetas

Ontem revirando gavetas vazias
Encontrei teu retrato preto e branco
Antes que me desse agonia.
Juntei tudo arremessei no barranco

=+=+=+=+ Morganna Del

Interação do poeta Miguel Jacó sempre tão generoso

De ti não quero lembranças,
Retratos nem equivalentes,
Foi aos trancos a barrancos,
Que rolou o amor da gente

Interação do poeta Christiano Nunes (obrigado

Ao jogar o porta retrato
Desesperada fiquei
Resolvi recupera-lo
No meio da noite me levantei

=+=+=+=+ Morganna Del

Nas gavetas do armário
Seu retrato não estava lá
Senti falta do salafrário.
Desci o barranco pra Buscar

Interação da querida poetiza Dona N (Obrigado)

Ao descer aqueles caminhos
Me veio um grande estalo
Ambos ainda sozinhos
E eu continuo a amá-lo

Graciosa interação da poetiza Angel Mag (obrigado)

Depois que joguei fora
Bateu arrependimento
Melhor deixar ir embora/
E livrar-me desse tormento.

interação preciosa Nasser Queiroga (obrigado )

Aquele retrato tentou,
meu coração relembrar,
mais eu que ja não sou besta
não dei uma segunda chance
no barranco foi morar !!!!

Interação da querida poetiza Regina Pessoa (Obrigado)

Um simples porta retratos
Quantas lembranças contém
Tristezas do passado/
Que não nos fazem bem

Interação da querida poetiza Dona N (Obrigado)

Apesar da tentação
Vou seguir o ditado
Fico com a recordação.
Antes só, que mal acompanhado

Interação do meu querido poeta Mario (Obrigado)

Não quero ter, do passado,
Indesejadas lembranças
Antes viver encantado
Com as novas esperanças.

Interação da grande poetiza Conceição Gomes (Obrigado )

Teu porta-retrato guardei
Em destaque no salão
Um novo amor encontrei
Já guardei no coração.

=+=+=+=+ Morganna Del

Prefiro minha solidão
Do que um amor bandido
Jogo fora meu coração
Se teimar em ficar ferido

Interação graciosa de Hull de La Fuente

O retrato em preto e branco
A enxurrada o levou
Bendito seja o barranco
Onde você o jogou.

(Participação amorosa do poeta Sivia Araujo Mota)

Teu porta-retrato guardei
Em destaque no salão
Um novo amor encontrei
Já guardei no coração.
=+=+=+=+ Morganna Del

Prefiro minha solidão
Do que um amor bandido
Jogo fora meu coração
Se teimar em ficar ferido
Interação graciosa de Hull de La Fuente

O retrato em preto e branco
A enxurrada o levou
Bendito seja o barranco
Onde você o jogou.

(Participação amorosa do poeta Sivia Araujo Mota)

Esse AMOR que vi partindo
fez-me sofrer por vaidade
hoje, vivo o sonho lindo
do resgate à LIBERDADE

Sem lenço e sem documento

NAS MANHÃS...



E é assim que as coisas vêm tomando um caminho único. E levantamos com a cara amassada de manhã, percebendo que estamos vivos e que só estávamos desligados. È então neste segundo que o cérebro carrega as informações adormecidas – despertando-as do sono profundo. Lembramos de todas as coisas que nos deixam felizes e tristes. Todas as preocupações, todos os fardos, todos os momentos belos, agradáveis. O dia anterior, o dia antes do anterior...


Queria que nesse momento tocasse automaticamente uma música. Justamente naquele momento em que se levanta e se senta na cama, ainda sonolento. Queria que fosse uma daquelas músicas belas de filme antigo.
 Eu iria à janela, veria que a chuva estava caindo forte lá fora há algum tempo, encharcando a árvore frondosa que fica do outro lado da calçada.  Respiraria fundo e sentiria os pulmões enchendo-se do ilusório cheiro de terra molhada que vem do asfalto.


Seria então que meus olhos se levariam para a cama, eu veria o corpo adormecido, sereno. Minhas expressões enfim des-enrijeciceriam e me deitaria novamente para voltar a dormir.
 
 
Texto da internet 03 de junho 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Indriso .....Porta retrato



Lá fora o silêncio é profundo.. tudo se agiganta
Ao redor rastros de terra molhada nublando meu olhar
Enxargando-me de lagrimas nas magoas que teimam em ficar

Não quero estas emoções.. mas fazem parte de mim.
Meu romance virou passado ficou na antiguidade
Num porta retrato jogado ...minha vida é só saudade

Sem medo dos escombros vou hastear bandeira branca

Enquanto me agarro no que sobrou de mim



segunda-feira, 31 de maio de 2010

Soneto de outono .. participação de Carmem do RL (obrigado de coração)



A brisa plácida dispersa a secura do estio
Nos galhos secos a natureza se recria
Quando o sol descamba encontra a rua vazia
Paisagem esparsa foi-se... a primavera partiu

A natureza se comprometera com harmonia
Encolheu suas tardes e às horas confundiu
No eco se achou e a estação outonal surgiu
Cumpriu seu papel … O tempo cansado esvaecia

Os últimos raios de sol anunciara tempo frio
Cores crepusculares vagaram em nuances roxas
Transformara sombras num final tardio

Do universo transmutara a paisagem no cio
Espargira pela terra espectro púrpura
Transitaram vultos pelas trevas , o vazio


domingo, 30 de maio de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

o espelho… na parede

Na parede o espelho….

Alinhado com equilibrio...


Em seu  rosto…

Desencanto refletido... triste.....

amargo …….Sem libido



*=*=*=*=*=*=*=*=*=*=*

Então reajo e tento ficar esperta

me aproximar da realidade

Clarear minha mente

Assim do céu fico mais perto.


terça-feira, 25 de maio de 2010

Haikais ................Na penumbra Outonal


O Outono visto da Eira! 

Crepúsculos dourados

Espalha seu manto brocado

 pela terra inteira



+=+=+=+=+=+=+=+++=

Aos filhos do Outono




Era uma tarde de outono morna e frouxa
Os ultimos raios de sol  refletem a Melancolia
Clarões crepusculares vagam como tintas soltas
Neblina cinzenta trazendo sombras no final do dia

Folhas plainam suavemente mudam a existência
Formam seus tapetes de brocados lentamente
Púrpuras adormecidas desprendem sua essência
Descem sentidos na esperança de virar semente


A brisa Plácida macia dispersa o galho seco do estio
Folhas secas  bailam ao vento a natureza se recria
Paisagem esparsa chega o Outono  nostálgico e vazio
Cumpriu seu papel….. O tempo de cansado morria

*****************************************

domingo, 23 de maio de 2010

Poetrix.............. Clariou



Doce e luminosa vida.

Era de um dourado intenso como a luz

da manhã

Entrou pelo quarto iluminando todos os seus cantos

 e brilhou

Penetrou no meu

sono no meu sonho no meu dia

e clariou

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Indriso .....................Devaneios em linhas tênuas

Amarga.........driblo o tempo que avança sem pressa
Em devaneios enlouqueço em
abismos eu padeço.
Deslumbrada.............. me liberto de pudores e preceitos


Entre duas linhas tênuas descubro a insanidade
De num universo despedaçado de dor sem liberdade
Ou uma vida de romances fulgás recheados de infidelidade


È escape perfeito para aos delirios insanos

Caprichos de uma imaginação para sonhos profanos

quarta-feira, 19 de maio de 2010

meu universo é você


Preciso de vocè
É onde encontro meu lugar
onde desfilam meus anseios
e sentimentos
minhas inquietações
meus pensamentos
meus instantes
meus momentos


Quero viver…..
No encanto dos teus encantos
Nos seus desejo e suas fantasias
Na sua boca insensata....
e na tuas mãos atrevidas


quero sentir…..
teu cheiro na minha pele
refletido nas paredes
grudado no meu ser saciando minha sede
Por este amor, desvairada
perco a razão.
vejo-me peregrina nesta jornada


Me sinto ...
Paralisada , dai conto os dias e os segundos
Bloqueio meu pensar aprisiono meus medos
perco as rédeas da história
meu universo é você

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Poetrix ..... dou as costa ao tempo






E nem sei em qual metade do tempo vivo !!!

Se dos pedaços quebrados da vida ...ou
das doçura, rendilhadas de ternura.
se dos desatinos e caminhos perdidos... ou
dos amores loucos sem sentidos

Ou.....

Então dou as costa ao tempo

e vivo

tempo e momentos


O tempo passa rápido....se apoderando
Eu me ponho a pensar em outras eras
Brotam em mim lágrimas brandas e calmas,
São como estrelas sem brilho

Abandonadas e esquecidas dentro da alma!
Do céu caindo e lentamente se esvaindo...
Preciso e quero eternizar os momentos 
Escutar ainda os ecos de muitos sons e vozes 

Falar livremente, determinar e decidir  
Para viver mais historias e semear no tempo.


domingo, 9 de maio de 2010

Opressor

Opressor

Pensamentos invadidos................
                                                    apontam diretrizes

Se instalam ........ arrastam

dilacerando a alma
                                              cavando cicatrizes
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=
Inteiração do poeta Miguel Jacó ( recanto das letras)
As vezes somos cruéis// Com pensamentos insanos//
Nos dedos se põe anéis // Na alma melhores planos//
 E colocamos no lixo// A massa dos desenganos.

sábado, 8 de maio de 2010

Jardim Doce....

Se nascesse de novo
voltaria como flores
Lindas, solitárias e prediletas
Nascem sem pedir licença...
Não se importando com a ausência....
Apenas colorindo quietas.

Se nascesse de novo
Me semearia num jardim doce
Com belas flores do campo
Espalhando sua beleza com se nada fosse

Se nascesse de novo
Brotaria num jardim de variadas flores
Bailando ao ritmo do vento
Exalando uma profusão de odores
Esvaindo-se  em gotas de orvalho
Ao relento

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Presente de Helena

Ah. nos céus da minha meninice
Voam os pássaros da saudade
Que levavam a felicidade
Muito além dos coqueirais...

Tempo de pequenas ternuras
Onde a paisagem abraçava com candura
Os sonhos que não voltam mais..
Ah, nos ventos da minha memória...

Renasce a minha esperança
De reviver velhas histórias
E de novo...ser criança!

Venho conhecer-te, encantada pela beleza deste texto, cujo tema é um de meus favoritos. Parabéns e obrigada por tua gentil visita. Lindo dia, bjs helena

Poema de Helena Grecco

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Monotonia


Me recuso a viver a
efemera
monotonia do dia
Prefiro ser
alheia
a este mundo de condições

Ou minha alma cigana arredia   
escapa para outras dimensões....

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Divindades que habitam em mim


Na lua crescente
Sou gata no cio
Lânguida e charmosa
Deslumbrante e encantada
desperto desejos sou felina manhosa

Na lua cheia
Sou ave noturna loba no pelo
Tenho em meus olhos
feitiço vermelho
Transgressora  espreito
perambulo 
faço justiça com uivos e pulos

Na lua mingante
Sou deusa-bruxa-
Aborto e teço minha teia
Misteriosa e alheia
Ao vento a maré e tempestade
e a lua que já foi cheia

Na lua Nova
sou Vênus e outras Deusas
Sensual e verdadeira
Ishtar, Inanna Astarte Afrodite
elegidas como as mais faceiras
Idolatradas nos céus por elites

terça-feira, 20 de abril de 2010

Mini conto

Como pano de fundo da história
escolho para testemunhar
Cometas Prateados  Estrelas nos céus
como pontos de luz para nesta tragetória
acompanhar

*************

Às minhas divindades segundárias
Elfos, Fadas Magos e Duendes
Apelo com orações, e feitiços perenes
As missões e acontecimentos perdidos
Promessas vazias, um mundo de anjos caidos

************
E nestes raros momentos
Emerjo do meu sófrego abrigo
Me aposso dos sonhos e abraço a magia
Afugento os fatasmas, agradeço a presença
Finco meus pés na areia macia
E estabelo um novo pacto de existência

*************

E dessa forma
Limpo minha alma subo ao santuario
Junto meus cacos e me afasto sem ruido
Quardo meus cristais no armário
Escolho ser feliz
E dar á vida um novo sentido

************

Nossa vida feita de escolhas

Em nossas escolhas o pior que pode acontecer é nada  Porque somos responsável pelos critérios das escolhas  Somos responsável pela vida que ...