As cigarras choram nas árvores seus prantos
Anunciando nuvens carregadas que a chuva vai chegar
Canta, Cigarra, canta o teu canto
Como fosse um grito humano que a natureza transmuta
Que o universo ao ouvir mande água para molhar o mundo desta secura
Entretanto, silenciou as cigarras e na sombra se calaram
A natureza raivou... os rios riachos lagoas e diques secaram
Chega a noite olhamos o céu fazendo a prece da chuva
Escancaramos os olhos suplicando as estrelas
Que a água não seque mais venha.. e molhe este mundo quase destruído
Assim como Nos.. no bosque as arvores sonora farfalham esperanças
torcendo para ouvir cigarras cantar.
As paisagens assemelham-se a miragem do igual
Àquela que deixa os olhos marejados...
O céu parece um Dome.. anoiteceu de súbito. Acabou-se
a vida rolou no esquecimento.
Tempos ermos que anestesia nossos sentimentos
Tempos ermos que anestesia nossos sentimentos
Sob ao azul da imensidade, ungido de amargura e de incerteza…