Me sinto uma sombra com olheiras, oca afundada em amarguras.
Falo das minhas mazelas e sempre encontro alguém pior
Como? você e tão jovem ainda! Ahhh queria tanto acreditar !!!
Na bolsa levo um espelhinho pequenos que ganhei de presente.
Olho e me olho e vejo vincos profundos como vales nos olhos e lábios.
Não me reconheço
A realidade me consome, sinto saudade de tudo: Até dos sofrimentos
Havia sentimentos, não esse vazio imenso do que posso suportar
Devia existe uma lei Divina de desligamento...
Porque o que dói na velhice é a indiferença ..
A indiferença dos filhos dos parentes dos conhecidos
A velhice chega tão de repente que as pessoas não te reconhecem
não te cumprimentam mais.
Não te enxergam... A velhice te torna invisível...
Não me acostumo com a velhice.
Tenho saudade sentir a doçura da juventude a beleza e a suavidade do sentir.
Escutar musicas dançar, fazer pic nic , correr na praia, jogar boliche.
Dar risada de tudo; era um mundo de cores
Com todas as cores do arco íris
Autora: Maria Sidral Del Moro